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quinta-feira, 6 de junho de 2024

FÉ DEMAIS

 



Entre a Crença e a Convicção

 

Superstição não é fé. Uma é crença sem religiosidade. A outra é a construção da fé com tomada de consciência reflexiva e análise fundamentada na criticidade.

 

A crença em talismãs reside na infância espiritual em que ainda se encontra a Humanidade. Nessa fase evolutiva do espírito encarnado no plano da materialidade humana impera o pensamento ilusório, que se contrapõe ao uso da razão e do bom senso.

Quando o ser humano se depara com situações limites recua para o espaço difuso onde a consciência amealha esperança a qualquer preço, e se reconforta como pode. Depois, surgem os amuletos, as superstições, as promessas, enfim, o sobrenatural, que Kardec garantia não existir senão na imaginação humana.

A Antropologia explica, como verdade adquirida: a Humanidade historicamente evoluiu da magia para a religião. O Espiritismo veio para continuar o caminho evolutivo que a religião não tem pernas para percorrer, por muito que a empurrem, até mesmo os próprios espíritas!

Também não está em causa o direito que cada um tem de crer no que bem quiser, desde que não cause dano ao semelhante. Mas é curioso notar o verniz de civilização com que o cidadão comum se junta, em qualquer continente, da Europa à região mais miserável do Terceiro Mundo.

Em O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta sobre os talismãs e a conclusão surge evidente: "O que vale mesmo é o pensamento, não o objeto". 

A História mostra que, no passado, religiões institucionalizadas perseguiam e maltratavam pessoas e famílias, dando corpo a genocídios injustificáveis em nome de Deus. As suas cruzes, os seus amuletos, o seu dogmatismo, a sua incapacidade de entender as ideias diferentes, a sede de poder e de ambição obscureceram e atrasaram o avanço da razão.

Daí o motivo que levou a sociedade humana, marcada pelo primitivismo, buscar novos caminhos para libertar-se do "pecado original" ou "mortal".

Superstição não é fé. Mais vale o pensamento focado nas coisas boas, úteis e verdadeiras que o discernimento pode nos oferecer. 


Por Carlos Barros Filho  I  Google Imagem


2 comentários:

  1. A Fé quando não carrega a luz do discernimento perde-se no abismo do misticismo. Acho mais inteligente acreditar na existência do Deus que nos criou, mesmo sem doutrinação religiosa, do que naquele "Deus" que faz barganha com os "pastores" de ovelhas desgarradas.

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  2. Quando a Fé é demais, perdemos o bom senso e a racionalidade. Deixamos que os religiosos pensem por nós. Aí entra o poder de manipulação de homens e mulheres que tudo fazem para parecer "representantes" de Deus na Terra.

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