"Se não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que vale a pena ler ou faça coisas que vale a pena escrever".
Benjamin Franklin
Capa do e-book que ainda não consegui editar
Eu ainda não passei sequer da capa desse projeto editorial. Criei a capa e cadê disposição para retomá-lo? Falta de tudo um pouco: disposição, tempo e prazer para escrever. Aí tem quem diga que nada disso é desculpa, com a Inteligência Artificial (IA) doidinha para ajudar de qualquer jeito. Retruco: a IA não tem a mesma sensibilidade, nem a memória afetiva do escritor apaixonado pela própria narrativa e pelas lembranças do passado.
A grande diferença está aí. Melhor então dá um tempo para que os assuntos pessoais recebam melhor tratamento, sem deixar arestas que possam dificultar a concentração do escritor no ápice de sua criatividade.
Não ocupa minha cabeça a necessidade de ser lembrado ou não quando morrer, por algo que escrevi, fiz ou pensei em falar. Vou sair do plano da materialidade humana do jeito que cheguei - esquecido de quem eu fui e de quem eu sou... O esquecimento é medida providencial para não atrapalhar nosso aprendizado na escola da vida terrena.
Mesmo que não tenha escrito coisas que valerá a pena alguém ler, vou seguir com meu propósito de não ocupar meu precioso tempo com isso. Se já fui biografado pelo amigo Wilson Longobucco, jornalista e escritor, morador nobre de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, não tenho mais o que fazer da minha resumida e rápida passagem por aqui.
Essa biografia está no livro "Alguns Espíritas - Trabalhadores de Última Hora", publicado com selo da editora fluminense Caravansarai. São seis páginas com detalhes de lembranças que guardei ao longo dos meus 74 anos de existência humana. Um retrato em preto e branco, sem qualquer retoque.
Com o livro de Longobucco, passarei à posteridade nos anais de sua bibliografia. Até que as traças devorem as suas obras, caso ele não as coloque sob a proteção da Inteligência Artificial que tudo quer preservar como fonte de pesquisa multifacetada.
Além desse livro, apareço em algumas entrevistas que concedi para jornais e revistas espíritas do país, quando completei 40 anos de atividade ininterrupta como jornalista e divulgador. Assim sendo, não preciso de mais espaço para ser lido ou inspirar alguém a escrever como eu escrevi.
Sem a genialidade de tantos "mestres e doutores", estou ciente que não vou ficar de todo no anonimato eterno no movimento espírita que ajudei a divulgar por quatro décadas. Um merecido alento...