MENSAGEM PARA REFLEXÃO: Amar o próximo como a si mesmo deve ser entendido como um processo empático que ensina o Homem a identificar-se consigo e com o outro por mais estranhos que possam parecer. ANIVERSÁRIOS DO MÊS: Paz, saúde e prosperidade espiritual para todos nossos familiares e amigos que estão apagando mais um velinha no bolo de sua existência terrena. RECOMENDAÇÃO: Leia, comente e compartilhe o link do blog com seus amigos nas redes sociais.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

SAÚDE MENTAL - O QUE É NECESSÁRIO PARA MANTÊ-LA SAUDÁVEL

Falar de saúde mental já não é mais um tabu como no passado. Aos poucos, a sociedade compreende que o equilíbrio emocional é tão importante quanto a saúde física para garantir qualidade de vida. Mas afinal, o que é necessário para mantê-la saudável? O primeiro passo é reconhecer que a mente precisa de cuidados constantes, assim como o corpo. Estabelecer rotinas equilibradas, que incluam boas horas de sono, alimentação adequada e prática regular de atividades físicas, é fundamental para reduzir os impactos do estresse e prevenir transtornos emocionais.

Outro aspecto essencial é cultivar relações sociais positivas. A convivência saudável com familiares, amigos e colegas de trabalho fortalece a autoestima, favorece a empatia e cria uma rede de apoio indispensável em momentos de dificuldade. Ao mesmo tempo, é preciso desenvolver a capacidade de impor limites, evitando ambientes e pessoas que alimentam a ansiedade, o medo ou a exaustão emocional.

A saúde mental também depende da capacidade de olhar para si. Reservar tempo para atividades prazerosas, investir em hobbies, praticar meditação ou técnicas de respiração são estratégias simples que ajudam a aliviar tensões. E quando os sinais de alerta – como tristeza persistente, isolamento ou crises de ansiedade – se tornam frequentes, buscar apoio profissional de psicólogos ou psiquiatras é um gesto de coragem e cuidado, não de fraqueza.

Manter a mente saudável exige equilíbrio, autocuidado e consciência de que não precisamos enfrentar sozinhos os desafios da vida. Mais do que nunca, falar de saúde mental é falar de bem-estar, dignidade e humanidade.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

CAMINHO, VERDADE E VIDA... As nossas buscas no plano da materialidade humana

O ser humano, em sua trajetória terrestre, se vê constantemente envolvido pelas buscas materiais, pelas necessidades de sobrevivência e pelas ambições que se multiplicam na sociedade de consumo. O trabalho, a posse de bens, o status e as conquistas exteriores, muitas vezes, tornam-se o “caminho” mais aparente, como se neles estivesse a solução definitiva para os anseios da alma. Contudo, ao percorrermos esse caminho, não raramente descobrimos que, mesmo diante de abundância material, ainda restam vazios interiores que não se preenchem com aquilo que o dinheiro pode comprar.

A “verdade”, nesse contexto, revela-se como um convite à reflexão: será que o que buscamos fora de nós corresponde, de fato, ao que precisamos? A verdade não se esconde nas vitrines, nos diplomas ou nas cifras, mas na capacidade de compreender o sentido da vida além da posse. Trata-se de reconhecer que a matéria é transitória, enquanto o espírito, em essência, é eterno. A verdadeira realização humana não se mede pela quantidade do que se acumula, mas pela qualidade do que se é.

Já a “vida” nos apresenta, diariamente, oportunidades de aprendizado e transformação. No plano material, vivemos experiências que nos educam, que moldam nosso caráter e que testam nossa capacidade de agir com ética, solidariedade e amor. Cada desafio enfrentado, cada conquista ou perda, são partes de um roteiro pedagógico que nos convida a amadurecer espiritualmente, utilizando a matéria como meio, e não como fim.

Assim, o caminho, a verdade e a vida, quando vistos sob a ótica da espiritualidade, deixam de ser conceitos abstratos para se tornarem guias práticos de conduta. O caminho é a jornada que trilhamos com consciência, a verdade é a clareza que alcançamos ao enxergar além das ilusões materiais, e a vida é o campo onde aplicamos, na prática, aquilo que aprendemos.

Em meio às nossas buscas no plano da materialidade humana, a maior descoberta é que, para além do que os olhos veem e as mãos tocam, existe uma essência que pede atenção: o espírito imortal. Quando compreendemos isso, passamos a caminhar com mais leveza, a viver com mais propósito e a reconhecer a verdade que liberta e dá sentido a tudo o que chamamos de vida.

domingo, 7 de setembro de 2025

SETE DE SETEMBRO

 A Independência que ainda não conquistamos

Ao revisitarmos esse momento histórico, percebemos que a compreensão plena do que significa ser verdadeiramente independente ainda é um processo em construção.

Mais do que a ruptura política com Portugal, a Independência representou o início de uma jornada pela autonomia em suas múltiplas facetas. Trata-se de um conceito que vai além da soberania política, englobando a independência econômica, a independência cultural e, fundamentalmente, a independência de pensamento.

A independência econômica nos desafia a construir um país autossuficiente, capaz de gerar sua própria riqueza e de não depender excessivamente de potências estrangeiras. É sobre fomentar o empreendedorismo, investir em ciência e tecnologia, e garantir que os frutos do nosso trabalho beneficiem a nação como um todo.

A independência cultural reside na valorização e na preservação de nossas ricas tradições, manifestações artísticas e identidades regionais. É sobre reconhecer e celebrar a diversidade que nos compõe, resistindo a qualquer forma de imposição cultural externa e fortalecendo a nossa própria voz no cenário global.

Por fim, a independência de pensamento é talvez o pilar mais crucial e, ao mesmo tempo, o mais complexo. Significa a capacidade de questionar, de analisar criticamente as informações, de formar opiniões embasadas e de tomar decisões conscientes, livre de dogmas, manipulações e influências indevidas. 

É a liberdade de pensar por si mesmo, de discordar respeitosamente e de participar ativamente na construção de um futuro mais justo e equitativo.

Portanto, ao celebrarmos o Sete de Setembro, é essencial que reflitamos sobre o verdadeiro significado da Independência. Ela não é um ponto de chegada, mas um convite constante à reflexão e à ação. 

É um chamado para que cada brasileiro se aproprie de sua responsabilidade na construção de um país que seja, de fato e de direito, soberano, próspero e livre em todos os seus aspectos; buscando pelo trabalho digno e honesto mantê-lo em ordem e contínuo progresso.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

SER ESCRITOR É PARA POUCOS...

 "Se não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que vale a pena ler ou faça coisas que vale a pena escrever".

                                                                                Benjamin Franklin


Capa do e-book que ainda não consegui editar


Eu ainda não passei sequer da capa desse projeto editorial. Criei a capa e cadê disposição para retomá-lo? Falta de tudo um pouco: disposição, tempo e prazer para escrever. Aí tem quem diga que nada disso é desculpa, com a Inteligência Artificial (IA) doidinha para ajudar de qualquer jeito. Retruco: a IA não tem a mesma sensibilidade, nem a memória afetiva do escritor apaixonado pela própria narrativa e pelas lembranças do passado.

A grande diferença está aí. Melhor então dá um tempo para que os assuntos pessoais recebam melhor tratamento, sem deixar arestas que possam dificultar a concentração do escritor no ápice de sua criatividade. 

Não ocupa minha cabeça a necessidade de ser lembrado ou não quando morrer, por algo que escrevi, fiz ou pensei em falar. Vou sair do plano da materialidade humana do jeito que cheguei - esquecido de quem eu fui e de quem eu sou... O esquecimento é medida providencial para não atrapalhar nosso aprendizado na escola da vida terrena. 

Mesmo que não tenha escrito  coisas que valerá a pena alguém ler, vou seguir com meu propósito de não ocupar meu precioso tempo com isso. Se já fui biografado pelo amigo Wilson Longobucco, jornalista e escritor, morador nobre de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, não tenho mais o que fazer da minha resumida e rápida passagem por aqui. 

Essa biografia está no livro "Alguns Espíritas - Trabalhadores de Última Hora", publicado com selo da editora fluminense Caravansarai. São seis páginas com detalhes de lembranças que guardei ao longo dos meus 74 anos de existência humana. Um retrato em preto e branco, sem qualquer retoque. 

Com o livro de Longobucco, passarei à posteridade nos anais de sua bibliografia. Até que as traças devorem as suas obras, caso ele não as coloque sob a proteção da Inteligência Artificial que tudo quer preservar como fonte de pesquisa multifacetada. 

Além desse livro, apareço em algumas entrevistas que concedi para jornais e revistas espíritas do país, quando completei 40 anos de atividade ininterrupta como jornalista e divulgador. Assim sendo, não preciso de mais espaço para ser lido ou inspirar alguém a escrever como eu escrevi. 

Sem a genialidade de tantos "mestres e doutores", estou ciente que não vou ficar de todo no anonimato eterno no movimento espírita que ajudei a divulgar por quatro décadas. Um merecido alento...

SER HUMANO - VIVER NA SOLIDÃO OU SER SOLIDÁRIO?


 

Na jornada da existência, o ser humano se depara com uma encruzilhada fundamental: trilhar o caminho da solidão ou estender a mão para a solidariedade. A solidão, muitas vezes vista como um fardo, pode ser um refúgio para a introspecção e o autoconhecimento. Nesses momentos de isolamento, a mente se aquieta, e é possível ouvir a própria voz, compreendendo desejos, medos e aspirações. Esse distanciamento do mundo externo pode ser um exercício de fortalecimento interno, um período para nutrir a própria essência e emergir com uma compreensão mais profunda de si mesmo. No entanto, a permanência nesse estado pode levar ao isolamento, tornando o indivíduo uma ilha, desconectada da vasta rede de relações que compõe a experiência humana.

Por outro lado, a solidariedade emerge como a ponte que nos liga uns aos outros. É no ato de compartilhar, de ajudar, de se importar com o próximo que encontramos um dos mais profundos significados da vida. A solidariedade não é apenas um gesto de bondade, mas uma força que constrói comunidades, fortalece laços e cria um senso de pertencimento. Ao nos unirmos para superar desafios, ao celebrarmos juntos as vitórias, descobrimos que somos parte de algo maior. Essa conexão nos tira do nosso universo particular e nos insere na complexidade e beleza da experiência coletiva. É a solidariedade que nos lembra que não estamos sozinhos, que a dor de um pode ser a dor de todos, e a alegria de um pode ser a alegria de muitos.

A questão, portanto, não é escolher entre a solidão e a solidariedade como caminhos excludentes, mas sim entender o papel de cada uma em nossas vidas. O ser humano é um ser dual, que precisa tanto de momentos de recolhimento para se encontrar quanto de momentos de conexão para se realizar. A solidão pode ser um solo fértil para a autodescoberta, um período de gestação de ideias e sentimentos que, quando maduros, podem ser compartilhados com o mundo. A solidariedade, por sua vez, é a manifestação prática dessa descoberta, o ato de colocar em prática o que foi aprendido no silêncio. É um equilíbrio delicado, mas essencial, entre o eu e o nós, entre a introspecção e a ação.

Em última análise, viver na plenitude é saber transitar entre esses dois estados. É reconhecer que a solitude, quando bem dosada, é um bálsamo para a alma, mas que a vida só adquire seu verdadeiro brilho quando compartilhada. A solidariedade nos enriquece, nos torna mais humanos, mais empáticos e mais fortes. Ela é a prova viva de que a felicidade plena não reside em uma existência isolada, mas na capacidade de tecer laços, de construir pontes e de fazer parte de uma comunidade. O ser humano, em sua essência, foi feito para florescer em contato com o outro, e é nesse intercâmbio que a vida se torna uma obra de arte coletiva.

 

O que você, leitor (a), pensa desta nossa reflexão? Deixe seu comentário.

JAMPA, 440 ANOS ENTRE O ANTIGO E O MODERNO


 Cidade antiga com seus casarões, 
igrejas e sobrados, marcados pelos 440 anos de
uma história feita de paixão e pertencimento.


Em uma mistura fascinante de história e modernidade, a cidade de João Pessoa, carinhosamente chamada de Jampa, celebra seus 440 anos. A capital paraibana, a terceira cidade mais antiga do Brasil, carrega em seu DNA as marcas de um passado glorioso, ao mesmo tempo em que se projeta para o futuro. Essa dualidade, que se reflete em sua arquitetura, cultura e estilo de vida, é o que torna Jampa um lugar único, onde o antigo e o moderno convivem em perfeita harmonia. Ao passear por suas ruas, é possível sentir a história pulsando em cada esquina, enquanto a inovação e o desenvolvimento se fazem presentes em novas construções e em seu crescente polo tecnológico.

A parte antiga da cidade, com seu casario colonial e suas igrejas barrocas, é um verdadeiro museu a céu aberto. O Centro Histórico, tombado pelo IPHAN, preserva a memória de séculos passados, com destaque para a Igreja de São Francisco, um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do período colonial brasileiro. As ladeiras, as casas coloridas e os lampiões de ferro remetem a um tempo em que a vida tinha um ritmo mais lento. É nesse cenário que os moradores e turistas se perdem em meio a histórias de piratas, invasões e a luta pela independência. Essa parte da cidade é um convite à contemplação e à reflexão sobre a importância de preservar as raízes de uma nação.

Em contraste com a riqueza histórica do Centro, a orla de Jampa exibe o seu lado mais contemporâneo. A Avenida Epitácio Pessoa, que liga o Centro à praia, é um exemplo dessa modernidade, com seus prédios altos, shoppings e restaurantes. As praias de Tambaú, Manaíra e Bessa são o epicentro da vida noturna, com bares, quiosques e música ao vivo. É nesse cenário que a juventude se encontra, em busca de entretenimento e diversão. A orla também é o principal polo gastronômico da cidade, com uma culinária variada que vai da culinária regional aos pratos mais sofisticados.

A coexistência desses dois mundos não se limita à arquitetura ou ao lazer. Ela se estende à cultura da cidade. De um lado, o forró "pé de serra", com suas raízes fincadas na tradição nordestina, ecoa nos salões e festas juninas. De outro, a música eletrônica e o pop dominam as baladas e festivais. A mesma dualidade se repete nas artes plásticas, com artistas que buscam inspiração na cultura popular e outros que exploram novas linguagens e materiais. Essa diversidade cultural enriquece o cenário artístico local e atrai talentos de todo o país.

A economia de João Pessoa também é reflexo dessa dualidade. A cidade, que já foi um importante polo agroindustrial, hoje se destaca em setores como o turismo, a tecnologia e a construção civil. O porto de Cabedelo, um dos mais movimentados do Nordeste, continua a ser um importante canal de comércio. Ao mesmo tempo, o Parque Tecnológico Horizontes de Inovação, um ecossistema de empresas de base tecnológica, é a prova de que Jampa está se preparando para o futuro. Essa diversificação econômica tem gerado empregos e atraído novos investimentos, impulsionando o desenvolvimento da região.

Ao completar 440 anos, João Pessoa se consolida como uma cidade que soube valorizar seu passado sem abrir mão do futuro. Essa capacidade de se reinventar, de mesclar o antigo com o moderno, é o que a torna tão especial. A cidade, que já foi palco de importantes momentos da história do Brasil, hoje é um centro de inovação, cultura e desenvolvimento. Jampa é um convite a se perder no tempo, a se encantar com a beleza de suas paisagens, a se deliciar com sua culinária e a se surpreender com a energia de sua gente. E é nesse equilíbrio entre o antigo e o novo que reside a sua maior beleza.



 Cidade moderna com seu extenso e deslumbrante
litoral, plena de movimentada vida social. 

domingo, 27 de julho de 2025

CONDUTA E ÉTICA

                                              


Mentir dá muito trabalho...

Carlos Barros Silva  I  jornalista1938fenaj@gmail.com


Diz o ditado popular que “mentira tem perna curta”. Mas, na verdade, além de curta, a mentira é, eticamente, comprometedora. Exige esforço, exige memória, exige construção constante de narrativas que nem sempre se sustentam no tempo. Em resumo: mentir dá trabalho. Muito mais do que dizer a verdade.

Quem mente precisa manter viva uma história inventada, cuidar para não se contradizer, ficar atento às perguntas e reações, e ainda suportar o risco constante de ser desmascarado. A cada nova versão, uma nova tensão. A cada detalhe omitido ou distorcido, um novo desgaste. O mentiroso vive sob pressão, mesmo que finja tranquilidade. A verdade tem a leveza da espontaneidade; a mentira carrega o peso da encenação.

Mentir dá trabalho nas relações pessoais, nas instituições e, sobretudo, na política. Um discurso falso pode até seduzir no primeiro momento, mas com o tempo cobra um preço alto. Promessas feitas sem intenção de cumprir exigem justificativas elaboradas. Meias verdades exigem omissões estratégicas. A mentira, por mais bem contada, é como um castelo de cartas: uma hora cai.

No ambiente familiar, a mentira fragiliza laços. Pais que mentem para os filhos, casais que se escondem em desculpas, irmãos que evitam o confronto com a verdade – todos vivem relações adoecidas. Já no mundo profissional, o mentiroso pode até ter sucesso momentâneo, mas dificilmente conquista respeito duradouro. A confiança é uma ponte que leva tempo para ser construída e um segundo para ser destruída.

Do ponto de vista ético, mentir é abrir mão de um valor essencial à convivência humana: a honestidade. Não se trata apenas de ser “politicamente correto”, mas de manter a dignidade no trato com o outro e consigo mesmo. A verdade pode ser difícil, pode até doer, mas liberta. A mentira, ainda que pareça proteger, aprisiona.

Vivemos tempos em que as fake news e a manipulação da informação transformaram a mentira em instrumento de poder. Há quem minta com estratégia, frieza e convicção. Mas mesmo os maiores enganadores não escapam do desgaste emocional e moral que esse jogo provoca. O trabalho de sustentar uma mentira pública é tão gigantesco quanto o dano que ela causa à sociedade.

Em contrapartida, a verdade, ainda que incômoda, exige menos manutenção. Não precisa ser lembrada, pois é vivida. Não precisa ser sustentada por outras mentiras, pois é autossuficiente. Viver com verdade é viver com simplicidade e clareza.

Portanto, antes de inventar uma mentira, pense no custo emocional, no desgaste mental e na energia que será necessária para sustentá-la. A verdade pode exigir coragem, mas a mentira exige uma performance contínua. E, convenhamos, não vale o esforço.