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quarta-feira, 29 de maio de 2024

CRÔNICA DE UM SETE DE SETEMBRO

O Espírito cívico do Povo brasileiro, sem máscara. 


BRASIL... Pátria Mal Amada

Não fui ao desfile cívico na avenida principal da minha cidade. Optei por vestir-me de azul, verde e amarelo e visitar quem vive na periferia, esperando por um pouco de dignidade humana.
Na favela dominada pelo PCC, pelo CV e grupos de milícias beligerantes - não vi você com a bandeira nacional, nem carregando sequer um pacote de sal (vação) às pessoas vítimas de balas perdidas.
No barraco de dona Nanã - mãe e avó prematura - mulher preta e desempregada, que teima em sonhar a cada manhã por um dia melhor, faltava o básico para encher seu coração de esperança.
Mais adiante, vi e abracei seu Dodô, preto velho cheio de sabedoria; mas que experimenta todo dia a humilhação do preconceito racial. Ele não se lamenta. Apenas canta, dança e assovia pleno do espírito de liberdade ancestral.
E aquela criança ainda por tomar banho, sem sequer ter tamanho para sair marchando pelos labirintos da favela, como um soldadinho de chumbo... Fez-me sorrir e lamentar seu futuro.
O que levei para doar àquelas pessoas, esquecidas, exploradas pelo Estado e por quem o faz sócio dos seus escusos interesses, foi meu abraço acolhedor, um pouco de solidariedade e amor que devemos uns aos outros.
Retornando à minha casa, deixei pelo caminho cada peça da roupa que vestia. E, quase desnudo, chamei a atenção de olhares curiosos para o cartaz que trazia colado ao peito: Eu sou o cidadão que ainda intenta a construção de um país justo, democrático e soberano, sem medo de encarar a sua realidade social.
Ordem e progresso moral aos excelentíssimos senhores que comandam os três poderes constituídos desta Nação, mal governada e mantida pelos suados impostos de uma casta de mambembes sociais.


Por Carlos Barros Filho I Imagem Google

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