A Razão do Desgosto na Vida
O homem moderno só pensa em competir e correr atrás do tempo que ele pensa que perdeu. Vive para as conquistas materiais, sem nenhuma preocupação para encarar o inevitável: o envelhicimento e a morte do corpo físico.
Embora sinta intuitivamente que existe algo após a morte do corpo perecível, todos nós ainda não entendemos o que ocorrerá após essa etapa. A falta de perspectiva das religiões tradicionais faz com que seus adeptos não procurem encarar, sem medo, o seu amanhã espiritual.
Em "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec questiona os espíritos sobre a razão do desgosto da vida. Eles respondem ser efeito da ociosidade. Sem dúvida, a ociosidade faz com que qualquer pessoa, seja jovem ou idosa, se entregue ao desânimo e viva sem perspectiva de um futuro melhor.
Muitos jovens procuram o antídoto menos indicado: antidepressivos, drogas ilícitas e bebidas alcoólicas. No caso dos idosos, constata-se que aqueles mais dedicados a alguma atividade física ou intelectual estão menos sujeitos aos males que atingem os ociosos.
A fé na vida futura, aquela que dá a certeza que a vida continua além da morte física, é a verdadeira. A existência densa no campo da materialidade humana é apenas um estágio rápido para novos aprendizados e revitalizar relações fraternas e afetivas na caminhada evolutiva.
É a fé que proporciona ao espírito ainda humanizado a motivação para continuar a viver com dignidade ética, sem que a consciência o reprove por atitudes e ações equivocadas.
Procuremos, portanto, acumular bens morais, cujos valores vão nos credenciar na passagem pelos portais da morte. Os materiais serão deixados para trás, sem que seja possível levá-los em sarcófagos blindados como faziam os antigos egípcios.
Por Carlos Barros Filho I Google Imagem
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