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terça-feira, 6 de agosto de 2024

PARABÉNS, JOÃO PESSOA!


 JAMPA DE TODOS NÓS, SEJA DE ONDE FOR E DE ONDE VIER!

Quem chega aos 439 anos com a qualidade de vida que oferece aos seus filhos naturais e adotados pelo coração, só pode ser uma cidade acolhedora.

Sou um dos filhos adotados por essa cidade de coração imenso que a todos acolhe sem distinção. Nasci em Campina Grande. Assumi minha identidade e profundo apego com a capital dos paraibanos desde a tenra idade. Hoje, aos 73 anos de idade, considero-me "pessoense" nato e conhecedor de sua história na qual me sinto inserido por conta de tantas experiências inesquecíveis vividas na infância e na adolescência. 

Morei em ruas da cidade baixa e do antigo varadouro. Conheço cada pedaço de esquinas, calçadas, praças, vielas e becos. As ruas Maciel Pinheiro, Amaro Coutinho, Cruz Cordeiro, Riachuelo, da Areia, da República, São Miguel, praça da Pedra, do Sertão e da antiga fábrica do guaraná Sanhauá. Sou do tempo dos cinemas Filipéia, Astória, Rex, Plaza, Municipal e Brasil, com as suas disputadas matinês aos domingos. 

Tempos de uma infância sem medo de brincar com bola de gude, jogar pinhão na terra batida, pular e nadar no temido e profundo poço de Amaro Gomes, localizado no antigo matadouro onde hoje está o Distrito Mecânico de João Pessoa. Lembranças de uma adolescência difícil sob a proteção de minha saudosa e amada avó Bia. A pobreza material limitava nossos gastos com o que podíamos ou não comprar. 

Vivi com muita alegria o crescimento de João Pessoa. Cada dez anos dos meus mais de 70 anos de existência e caminhada por aqui, buscando realizar sonhos e projetos pessoais. Fui datilógrafo, auxiliar de escritório, microempresário no ramo de lanchonete e acabei jornalista aposentado, casado há 40 anos com uma maravilhosa mulher pessoense - dona Carmem. 

Devo todas essas boas lembranças à Jampa das décadas dos anos 60, 70 e 80. Todavia, ficou triste quando vejo o abandono em que se encontra toda a cidade antiga e trechos do varadouro. A cidade se modernizou nas áreas de praias - Tambaú, Cabo Branco e Bessa, deixando a antiga João Pessoa mais envelhecida e desabitada. Falta aos nossos gestores públicos um pouco de sensibilidade e amor com o passado da capital dos paraibanos.  

Parabéns, Jampa! Espero estar presente para celebrar os seus 450 anos.


Carlos Barros Silva  I  Google Imagem 

 

 

 

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