O Deus antropomórfico, identificado no Velho Testamento, era uma entidade espiritual que tudo fazia para impressionar o sentido místico do ser humano. |
EM QUE DEUS VOCÊ ACREDITA?
O escritor francês Voltaire, que viveu entre os séculos 17 e 18, não digeria bem os dogmas da Igreja Católica de então. Tanto que quando o perguntavam se acreditava em Deus, ele respondia incisivamente: "- Eu não acredito no Deus que os homens fizeram, mas gosto do Deus que fez os homens".
Se Voltaire tivesse tido o privilégio de conhecer o Espiritismo como eu conheci, teria achado interessante a definição que os espíritos codificadores da doutrina deram a Allan Kardec sobre a identidade de Deus.
Um Deus que em tudo difere daquele que pudesse ser sentido como algo material, ciumento, interesseiro, parcial e tendencioso como eram e ainda são os homens orgulhos e egoístas que fazem a sociedade contemporânea deste século.
Certamente o escitor francês se encantaria com a doutrina que os espíritos codificaram junto com Kardec, que apresenta um Deus com atributos que passam longe da ideia medíocre de uma divindade que tinha seu povo escolhido e bem amado.
As Igrejas, atualmente, ainda sentem dificuldade para assimilar o Deus que é pai amoroso e justo; aquele a quem Jesus nos recomendou amar sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. O que se vê hoje em dia? Igrejas levando o povo à idolatria de padres e pastores, que se esmeram em apresentar-se como "sonho de consumo" de mulheres perdidas em suas vãs filosofias feministas.
Religiosos dogmáticos têm incorrido em equívocos ao longo dos séculos quando acham que, sem batismo e sem igreja, "os pagãos" não podem ser "filhos de Deus". Lêdo engano desses "pastores de ovelhas desgarradas".
Outro filósofo francês, contemporâneo de Kardec - Léon Denis, nos deixou a seguinte recomendação: "Tende como templo, o Universo; como altar, a Consciência; como lei, a Caridade; por imagem, Deus; por religião, o Amor". A Igreja, fundada pelo homem, não entra nesse apontamento denisiano.
A nossa identidade com o divino não está restrita às meras formalidades das religiões, apegadas às letras que matam o bom senso e a racionalidade kardequiana. Vamos estudar mais o Espiritismo e as demais correntes religiosas que sentem Deus na dor daqueles que estão morrendo na solidão dos esquecidos.
Por Carlos Barros Filho I Imagem Google
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