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domingo, 27 de julho de 2025

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QUANTO CUSTA A FELICIDADE?
Carlos Barros Silva  I  jornalista19138fenaj@gmail.com

Vivemos numa sociedade que, cada vez mais, associa felicidade ao consumo. Somos bombardeados por propagandas que vendem a ideia de que basta comprar o carro certo, usar a roupa da moda, fazer a viagem dos sonhos ou morar no endereço “ideal” para conquistar a tão desejada felicidade. Mas será que é mesmo assim? 

A resposta pode surpreender: a verdadeira felicidade não tem preço. Isso não significa que ela seja gratuita, mas que seu valor não está no dinheiro. Ser feliz tem custos sim emocionais, éticos e humanos, que pouco têm a ver com o saldo bancário ou com a quantidade de bens acumulados.

Ser feliz custa, por exemplo, coragem. Coragem para dizer não ao que nos faz mal, para abandonar relações tóxicas, para mudar de caminho quando o atual já não faz sentido. Custa autenticidade — e viver com autenticidade exige disposição para ser quem se é, mesmo que isso desagrade aos outros.

Ser feliz custa tempo. Tempo para cultivar amizades verdadeiras, para estar com a família, para ouvir a si mesmo em silêncio. Em um mundo acelerado, em que tudo exige produtividade e resultados imediatos, dedicar tempo àquilo que não dá lucro, mas alimenta a alma, é quase um ato de resistência.

Custa também simplicidade. A felicidade, muitas vezes, se esconde nos detalhes: no café compartilhado, no pôr do sol observado sem pressa, no sorriso espontâneo, no abraço sincero. Quem vive correndo atrás do supérfluo acaba ignorando a beleza do essencial.

E há ainda o custo da responsabilidade. Ser feliz, de verdade, é também contribuir para o bem-estar dos outros. Não há felicidade plena quando se vive de costas para o sofrimento alheio. A empatia, o respeito e a solidariedade são investimentos que enriquecem a existência.

Isso não quer dizer que o dinheiro não tenha seu lugar. Ele é importante, sim, para dar conforto, garantir dignidade, proporcionar experiências. Mas ele, por si só, não compra a paz interior, o sentido de pertencimento, o propósito de vida. Há ricos infelizes e há pessoas simples que irradiam contentamento. A diferença está no modo como se vive e no que se valoriza.

A sociedade de consumo nos ensinou a perguntar “quanto custa?” para tudo. Mas talvez seja hora de reformular a pergunta. Em vez de “quanto custa para ser feliz?”, talvez devêssemos perguntar: o que estou disposto a abrir mão, mudar ou valorizar para viver com mais leveza e verdade?

A felicidade não se adquire no cartão de crédito, mas se constrói no cotidiano, nas escolhas conscientes, nas relações sinceras e na paz com a própria consciência.

Um comentário:

Maria Cândida (PI) disse...

Estou aprendendo com o passar do tempo que ser feliz, mesmo relativamente, é um estado de consciência. Se faço o bem, sinto-me de bem comigo mesmo. Se faço o mal, não tem como sentir-me feliz da vida. A não ser que eu seja um Espírito muito inferior e essa maldade seja o fermento da minha natureza moral desajustada. É assim que penso...